A paisagem de Cambuí oferece opções esportivas que vão muito além dos esportes tradicionais, como futebol e vôlei, que continuam em prática nas quadras e campos de futebol da cidade. Mesmo dentro da cidade, há muitas opções de academias de ginástica e artes marciais, além de piscinas para natação.

Mesmo assim, aquele desejo de liberdade unida à adrenalina leva à procura pelos chamados "esportes de aventura", que atraem bastante pessoas fomentando assim o turismo. São muitos, mas com bastante destaque no Mountain Bike que cresceu muito nos últimos anos, ganhando uma legião de praticantes. Caminhadas também são uma boa opção e também bastante difundida. Ambos os esportes se beneficiam das belas estradas que serpenteiam os morros, brindando-nos com a linda paisagem da região.

O Parapente também é um esporte de bastante destaque na cidade, que possui uma rampa no "fundo do quintal", como é conhecida a rampa localizada no Morro do Cruzeiro, devido ao fácil acesso e dentro da cidade. Não raro pode-se observar as velas sobrevoando a cidade e colorindo o céu da cidade.

Nascida na Califórnia, EUA, na década de 1950, esta modalidade de ciclismo tem como objetivo transpor percursos com diversas irregularidades de terreno e obstáculos. O Mountain Bike, como ficou conhecido posteriormente, surgiu da necessidade de alguns ciclistas em procurar desafios diferentes das competições tradicionais de estrada e, assim como o skate, de surfistas que procuravam alguma atividade para os dias sem ondas.

Inicialmente praticado com bicicletas adaptadas para andar na terra, com pneus largos e guidão reto, a primeira Mountain Bike de fábrica foi lançada na década de 1970 com as primeiras modificações significativas e desenvolvimento de componentes de série próprios para a modalidade.

As bicicletas da modalidade caracterizam-se pelo uso de pneus largos com cravas, amortecedores, principalmente dianteiros, quadros leves e reforçados, guidão reto ou levemente curvo e relação de marchas semelhantes às usadas para o ciclismo de estrada. A relação costuma variar entre 18 e 21 marchas nas mais básicas e 11 a 33 nas mais modernas, sendo que nos últimos anos se popularizou os grupos de 2 e até mesmo 1 coroa. O tamanho das rodas variam entre 26", 27,5" e 29", sendo as maiores as mais populares nos dias atuais.

O Mountain Bike é um esporte praticado em estradas de terra, trilhas de fazendas, montanhas, dentro de parques ou mesmo na cidade. É um esporte que envolve resistência, destreza, concentração e autossuficiência quando praticado em locais isolados e inóspitos, trabalhando muito o psicológico ao enfrentar diversos tipos de obstáculo.

A modalidade começou a se popularizar em Cambuí a partir dos anos 2000. Antes dominada pelas bicicletas tradicionais de cidade, as modalidades esportivas como o BMX e o Freeslyle eram geralmente praticadas por pessoas mais jovens. O Mountain Bike surgiu como uma boa opção por ser uma modalidade de menor impacto, conquistando adeptos de todas as idades, tanto entre homens quanto em mulheres. A partir dos anos 2010 a modalidade virou um verdadeiro fenômeno na cidade.

Por ser rodeada de morros, com paisagens belíssimas que podem ser admiradas das várias estradas e trilhas que cortam suas serras, a cidade de Cambuí possui todos os atrativos que a fazem um lugar ideal para a prática do Mountain Bike. Há opções de percursos para todos os gostos, desde os mais leves pelas estradas mais planas, próximos ao centro da cidade, quanto os mais longos e exigentes. Para os mais aventureiros, há vários percursos com bastante declive entre as serras e muitas trilhas, que exigem um nível mais técnico do ciclista.

O Parapente é um esporte de aventura que mistura a adrenalina de um esporte radical com a tranqüilidade de um vôo seguro, na medida certa, fazendo o piloto entrar em total sintonia com a natureza.

O Parapente, nome de origem francesa, também conhecido como Paraglider nos países de língua inglesa, teve sua origem ligada ao paraquedismo e desenvolveu-se na Europa quando passou a ser utilizado por alpinistas para descer mais rapidamente as montanhas após sua escalada. No início o Parapente era experimental e seu uso ser resumia a pequenos vôos. Aos poucos ele foi se desenvolvendo, permitindo vôos mais longos até os praticantes começarem a utilizar o uso das térmicas para voar mais alto, técnica já utilizada antes em outras modalidades de voo-livre, como a asa-delta.

Os equipamentos são o velame, que é a asa propriamente dita, a selete, que é onde o piloto se acomoda, o para-quedas reserva, para casos de emergência, e demais itens de segurança, como capacete, botas e luvas, além de equipamentos eletrônicos como rádio, variômetro e GPS

Bastante difundido na cidade e região, sendo o principal local para a sua prática a rampa Pico da Raposa, localizada em Córrego do Bom Jesus, onde os voos de térmicas são mais procurados. Os voos de térmicas são os cuja sustentação se dá pelos ventos acendentes provocados pelas térmicas que se desprendem do solo através do aquecimento solar.

Em Cambuí está localizada a rampa do Morro do Cruzeiro, uma das rampas de mais fácil acesso do país. A subida é rápida e há grande ocorrência durante o ano de voos de lift. Os voos de lift sãos os que depende do vento que sobe a encosta da montanha para se sustentar no ar. Há ainda pelo menos outras duas rampas não oficiais onde o esporte também é praticado.

Foi no ano de 2001 que dois parapentes foram vistos sobrevoando a cidade. Ao pousar, a curiosidade atraiu rapidamente alguns interessados, que obtiveram as primeiras informações e a indicação de um instrutor, em Santa Rita do Sapucaí. No ano seguinte, para divulgar o esporte na região foi realizado um festival na cidade de Córrego do Bom Jesus, chamado Fest Fly. Neste festival surgiu a primeira turma de pilotos que tiveram contato com um instrutor, fazendo esporte ganhar cada vez mais adeptos nos anos que se seguiram.

O esporte cresceu tanto na região que o Fest Fly tornou-se anual e referência nacional no esporte, atraindo pilotos de altíssimo nível de todas as partes do país. Seguindo esta linha de sucesso, Samuel Nascimento, piloto local de Córrego do Bom Jesus, tornou-se um dos maiores nomes do esporte no país consagrando-se campeão brasileiro no ano de 2010 e recordista mundial de distância.